' Quando se tem o prazer de ser …..tentar ser…
uma pessoa honesta… verdadeira…,
não se pode ter o prazer de ser feliz.....!
Não se pode ter tantos prazeres ao mesmo tempo.'
—Nos
—fios
—ten
sos
—da
—pauta
—de me-
tal
—as
— an/
do/
ri/
nhas
—gri-
tam
—por
—fal/
ta/
—de u-
ma
—cl'a-
ve
—de
—sol
António Nobre
....Mas na terra das andorinhas há árvores e ramos e troncos ....
....e os fios tensos das pautas de metal estão vazios e mudos.....
e a música enfeita todo o pomar.
A nossa casa, Amor, a nossa casa!
Onde está ela, Amor, que não a vejo?
Na minha doida fantasia em brasa
Constrói-a, num instante, o meu desejo!
Onde está ela, Amor, a nossa casa,
O bem que neste mundo mais invejo?
O brando ninho aonde o nosso beijo
Será mais puro e doce que uma asa?
Sonho... que eu e tu, dois pobrezinhos,
Andamos de mãos dadas, nos caminhos
Duma terra de rosas, num jardim,
Num país de ilusão que nunca vi...
E que eu moro - tão bom! - dentro de ti
E tu, ó meu Amor, dentro de mim...
Florbela Espanca, in "Charneca em Flor"
Sempre difícil encontrarmo-nos,
difícil, sempre, separarmo-nos.
E murcha cada flor no vento que declina.
Terminado que é o fio, morre na Primavera o bicho da seda.
A vela seca as lágrimas - quando já é só cinza.
De madrugada, o espelho faz-me triste, mudados nele os meus cabelos.
A voz que canta na noite, acorda o frio sentido do luar.
Daqui não é longe... daqui à ilha dos imortais,
Pássaro azul*, depressa gostava de lhe dar uma espreitadela.
[ Li Shangyn ]
* Pássaro Azul» no original, quingniao, nome dado ao mensageiro de Xiwangmu, rainha-mãe do Ocidente, filha do Senhor Celeste, soberano dos lugares onde o Sol se põe.
Toda a viagem é uma viagem à India,
ou seja,
a viagem à India é a viagem da vida.
Essa viagem ‘ exige-nos que a refaçamos perpetuamente como para nos convencermos que a mais onírica das nossas peripécias, da nossa pequenez, não foi somente um sonho’. (…) ‘E quando de todo os últimos ecos de uns e de outros se extinguiram, e ficou a lembrança nunca extinta desse momento imperial exigindo de nós a repetição simbólica da viagem das viagens num mundo onde a viagem é só quase imagem poética ou mesmo anacrónica.’
E este chamado, intrínseco e audível é a nossa peregrinação, única e necessária, urgente e voraz. Viagem ao nosso sublime e simples interior, lá, onde nos reconhecemos e conectamos com o sagrado. É hora , então , de içar as velas, soltar as amarras e partir!
…………….Ah! Mas falta ainda arrumar as gavetas !...Esperas?
Rama e Sita - amor mais forte que a vida
A história de Rama e Sita foi escrita pela primeira vez em Sânscrito no Ramayana. Conta a história que o Rei dos Reis, Indra, certo dia, perdeu seus poderes e envelheceu. Para resolver o problema foi até Vishnu para se aconselhar. Vishnu disse então que deveriam agitar o poderoso oceano de leite e beber amrita, o elixir que os faria recuperar a juventude e a força. Como era uma tarefa difícil, na tentativa de mover a montanha Mandara, para agitar o oceano, acabaram por acordar os demônios (Asuras), que quiseram também tomar o elixir.
Com a ajuda dos Asuras conseguiram realizar a façanha. Mas todos se feriram muito, e receberam então preciosos 14 presentes para a humanidade. A Deusa Lakshmi foi a última a emergir trazendo o elixir. Estava sentada sobre um lótus e era extremamente bela, encantando a todos. E Lakshmi escolheu Vishnu para ser seu consorte.
Quando Vishnu atravessou suas reencarnações, Lakhmi reencarnou com ele.
Quando Vishnu se tornou Rama, Lakhmi se tornou Sita.
Rama é o herói mais importante da mitologia hindu. A história da busca de sua esposa Sita, que foi raptada pelo demônio Ravana, e conta-se por toda a Índia.
No reino Ayodhya (hoje norte da Índia) há milhares de anos atrás, vivia um rei chamado Dasaratha, que era casado com três esposas, chamadas, Kaikeyi, Sumitra e Kaushalya, mãe de Rama.
Rama apaixonou-se por Sita, a filha do rei Janaka de Mithila, que é a reencarnação da fiel esposa de Vishnu, Lakshmi. Devido a um incidente na corte, Rama, seu irmão Lakshmana, e Sita foram viver tranqüilamente no bosque. Tudo ia bem até o demônio Ravana seqüestrar Sita, que gritou a todas as árvores do bosque para dizerem a Rama que estava sendo levada contra sua vontade. Também tirou suas jóias e seu véu de ouro a cinco macacos e Hanumen, seu general.
Então o sábio Agastya aconselhou Rama a adorar o sol, a fonte da vida. Assim o fez e também pediu emprestado uma carruagem e um cocheiro do Deus do Céu, Indra. Logo, Rama foi atrás de Ravana e de seu exército de rakshashas demoníacos. Rama juntou seu exército composto de macacos e ursos e atacou o demônio. Após diversas batalhas, Ravana, o demônio de dez cabeças, foi morto pelas flechas de Rama, e Sita foi finalmente libertada. Rama junto de sua quarta esposa Sita, e seu irmão Lakshmana, regressaram a Ayodhya, depois de haverem passado 14 anos em exílio.
Desta união nasceu Kama, o Deus do amor. Kama é extremamente belo, retratado como um lindo pássaro. Em algumas ocasiões, é reverenciado durante o ato de amor.
Rama não vive sem sua Sita, por isso, os grandes mestres espirituais sabem, que nunca se deve adorar o Deus sozinho, mas sempre com sua consorte, ou seja, junto com sua energia feminina.
MORRER DE AMOR
Morrer de amor
ao pé da tua boca
Desfalecer
à pele
do sorriso
Sufocar
de prazer
com o teu corpo
Trocar tudo por ti
se for preciso !
(MARIA TERESA HORTA)
«Um dia quando a ternura
for a única regra da manhã,
acordarei entre os teus braços,
a tua pele será talvez
demasiado bela
e a luz compreenderá
a impossível compreensão do amor.
Um dia quando a chuva secar na memória.
quando o Inverno for tão distante,
quando o frio responder devagar
com a voz arrastada de um velho,
estarei contigo e cantarão pássaros
no parapeito de nossa janela,
sim, cantarão pássaros, haverá flores,
mas nada disso será culpa minha,
porque eu acordarei nos teus braços
e não direi nenhuma palavra,
nem o princípio de uma palavra,
para não estragar
a perfeição da felicidade.»
José Luís Peixoto
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