Começaram hoje as Correntes d'Escritas, lá na Póvoa de Varzim.
Gostei de ouvir a comunicação de Maria Teresa Horta com «De que armas disporemos se não destas que estão dentro do corpo» (de um poema de Hélia Correia).
Lembrei-me logo da ' Arma secreta' do António Gedeão ( Rómulo de Carvalho) e da infantil encenação que eu fazia à volta da sua declamação, nos íntimos jantares de família.
E com a mesma infantilidade , pois a minha escrita continua muito naif e pouco literária , comecei a brincar com palavras.
De que armas disponho?
Voz que voa,
sangue e brisa,
fogo ardente,
gelo quente.
Tudo ou nada.
Sol ausente.
E um não sei quê emergente
que me prende
paralisa.
De que armas disponho?
Quase nada.
Tanto tudo.
E o terrível abismo
Bivalente….inocente
de estar longe
indiferente
mas ter vontade de mais,
mais e tudo
docemente.
Avidamente partir….
voltar só e descontente.
De que arma disponho?
Foi secreta.
Foi semente.
Hoje rara , raramente
é vertigem divergente.
Cresceu. Amadureceu.
Mas continua imprudente.
É a eterna utopia de rasgar o aparente.
De que armas disponho?
Só do amor.
Simplesmente.
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