Terça-feira, 24 de Julho de 2012

Sem linhas....mesmo !

 

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Quinta-feira, 19 de Julho de 2012

Sem linhas

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Quarta-feira, 18 de Julho de 2012

Proeminências

 

 Desculpem me  Giorgione , Cezanne , Renoir e Chagall .

 

 Barrigas , beleza e verão não combinam !

 

 

 Giorgione     Sleeping Venus   oil   1510

 

 

Paul Cezanne, de 1890         

 

 

Renoir , 1897

 

 

Marc Chagal , 1917

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Domingo, 15 de Julho de 2012

O bloguista também é um fingidor !

O bloguista também é um fingidor!!!! 

 

 

AUTOPSICOGRAFIA

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.

Fernando Pessoa

 

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Sábado, 14 de Julho de 2012

Es( voa ) çar

 

 

 

  Planar

  pode não ser

  um aterrar devagarinho.  

  Amarro asas

  calabres ,ganchos...

  Denuncio rastos de penas pelo chão,

  quilhas partidas .

  Prenúncios de um pouso de emergência.

  Não sei se aterre

  se me espete contra os muros.

publicado por SEMLINHASCRUZADAS às 09:08
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Sexta-feira, 13 de Julho de 2012

Chico Buarque e Mart’nália

 

 

Mart'nália ...ainda tão pouco conhecida por estas bandas. Aqui em dueto com Chico.
O contributo dela, que deixa  Chico tão feliz quanto desconcertado... é algo explosivo ,tal é o balanço, o gozo, a irreverência, a provocação irresistível e a recriação irremediável das canções que, como uma avalanche, arrastam a habitual pacatez dele para parte incerta.

 

 

Você só dança com ele
E diz que é sem compromisso
É bom acabar com isso
Não sou nenhum pai-joão

 

Quem trouxe você fui eu
Não faça papel de louca
Prá não haver bate-boca dentro do salão

 

Quando toca um samba
E eu lhe tiro pra dançar
Você me diz: não, eu agora tenho par

 

E sai dançando com ele, alegre e feliz
Quando pára o samba
Bate palma e pede bis.

Chico Buarque

 

publicado por SEMLINHASCRUZADAS às 08:09
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Terça-feira, 10 de Julho de 2012

Células mortas ou simplesmente Necrose versus Apoptose

 

Até recentemente os cientistas acreditavam que as células só morriam quando agredidas por factores externos, por um processo chamado necrose.

 Agora, sabe-se que existe outra forma: o suicídio celular programado, necessário para eliminar células supérfluas ou defeituosas.

Esse fenómeno biológico, baptizado de apoptose, tem papel importante em diversos processos vitais e em inúmeras doenças.

Muitas células de um organismo morrem para que o conjunto sobreviva.

Assim como é preciso gerar novas células para manter processos vitais, é imprescindível eliminar as supérfluas ou defeituosas.

No indivíduo adulto, se a multiplicação das células não é compensada de modo preciso por perdas, os tecidos e órgãos crescem sem controle, o que pode levar ao cancro.

O que estudos recentes revelaram, porém, é que muitas células carregam instruções internas para "cometer suicídio" no momento em que não são mais úteis ao organismo.

Tais instruções são executadas, como um programa, quando certos comandos são accionados.

 

 

publicado por SEMLINHASCRUZADAS às 05:14
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Domingo, 8 de Julho de 2012

Hoje à noite em Cascais

 

 

publicado por SEMLINHASCRUZADAS às 14:22
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Terra das andorinhas

 

 

—Nos
—fios
—ten
sos

—da
—pauta
—de me-
tal

—as
— an/
do/
ri/
nhas
—gri-
tam

—por
—fal/
ta/
—de u-
ma
—cl'a-
ve
—de
—sol

 

 

 

António Nobre

 

 

....Mas na terra das andorinhas  há árvores e ramos e troncos ....

....e os  fios tensos das pautas  de metal estão vazios e mudos.....

e a música enfeita todo o pomar.

publicado por SEMLINHASCRUZADAS às 13:40
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Sábado, 7 de Julho de 2012

A furibunda concepção

 

Minha cabeça estremece com todo o esquecimento.
Eu procuro dizer como tudo é outra coisa.
Falo, penso.
Sonho sobre os tremendos ossos dos pés.
É sempre outra coisa, uma
só coisa coberta de nomes.
E a morte passa de boca em boca
com a leve saliva,
com o terror que há sempre
no fundo informulado de uma vida.

Sei que os campos imaginam as suas
próprias rosas.
As pessoas imaginam os seus próprios campos
de rosas. E às vezes estou na frente dos campos
como se morresse;
outras, como se agora somente
eu pudesse acordar.

Por vezes tudo se ilumina.
Por vezes canta e sangra.
Eu digo que ninguém se perdoa no tempo.
Que a loucura tem espinhos como uma garganta.
Eu digo: roda ao longe o outono,
e o que é o outono?
As pálpebras batem contra o grande dia masculino
do pensamento.

Deito coisas vivas e mortas no espírito da obra.
Minha vida extasia-se como uma câmara de tochas.

- Era uma casa - como direi? - absoluta.

Eu jogo, eu juro.
Era uma casinfância.
Sei como era uma casa louca.
Eu metias as mãos na água: adormecia,
relembrava.
Os espelhos rachavam-se contra a nossa mocidade.

Apalpo agora o girar das brutais,
líricas rodas da vida.
Há no esquecimento, ou na lembrança
total das coisas,
uma rosa como uma alta cabeça,
um peixe como um movimento
rápido e severo.
Uma rosapeixe dentro da minha ideia
desvairada.
Há copos, garfos inebriados dentro de mim.
- Porque o amor das coisas no seu
tempo futuro
é terrivelmente profundo, é suave,
devastador.

As cadeiras ardiam nos lugares.
Minhas irmãs habitavam ao cimo do movimento
como seres pasmados.
Às vezes riam alto. Teciam-se
em seu escuro terrífico.
A menstruação sonhava podre dentro delas,
à boca da noite.
Cantava muito baixo.
Parecia fluir.
Rodear as mesas, as penumbras fulminadas.
Chovia nas noites terrestres.
Eu quero gritar paralém da loucura terrestre.
- Era húmido, destilado, inspirado.
Havia rigor. Oh, exemplo extremo.
Havia uma essência de oficina.
Uma matéria sensacional no segredo das fruteiras,
com as suas maçãs centrípetas
e as uvas pendidas sobre a maturidade.
Havia a magnólia quente de um gato.
Gato que entrava pelas mãos, ou magnólia
que saía da mão para o rosto
da mãe sombriamente pura.
Ah, mãe louca à volta, sentadamente
completa.
As mãos tocavam por cima do ardor
a carne como um pedaço extasiado.

Era uma casabsoluta - como
direi? - um
sentimento onde algumas pessoas morreriam.
Demência para sorrir elevadamente.
Ter amoras, folhas verdes, espinhos
com pequena treva por todos os cantos.
Nome no espírito como uma rosapeixe.

- Prefiro enlouquecer nos corredores arqueados
agora nas palavras.
Prefiro cantar nas varandas interiores.
Porque havia escadas e mulheres que paravam
minadas de inteligência.
O corpo sem rosáceas, a linguagem
para amar e ruminar.
O leite cantante.

Eu agora mergulho e ascendo como um copo.
Trago para cima essa imagem de água interna.
- Caneta do poema dissolvida no sentido
primacial do poema.
Ou o poema subindo pela caneta,
atravessando seu próprio impulso,
poema regressando.
Tudo se levanta como um cravo,
uma faca levantada.
Tudo morre o seu nome noutro nome.

Poema não saindo do poder da loucura.
Poema como base inconcreta de criação.
Ah, pensar com delicadeza,
imaginar com ferocidade.
Porque eu sou uma vida com furibunda
melancolia,
com furibunda concepção. Com
alguma ironia furibunda.

Sou uma devastação inteligente.
Com malmequeres fabulosos.
Ouro por cima.
A madrugada ou a noite triste tocadas
em trompete. Sou
alguma coisa audível, sensível.
Um movimento.
Cadeira congeminando-se na bacia,
feita o sentar-se.
Ou flores bebendo a jarra.
O silêncio estrutural das flores.
E a mesa por baixo.
A sonhar.

 

Herberto Helder

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publicado por SEMLINHASCRUZADAS às 11:55
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Domingo, 1 de Julho de 2012

A transição está aí !! Quem quer embarcar !?


 

Farei o que estiver no meu coração, independentemente do ponto a que chegue!!
publicado por SEMLINHASCRUZADAS às 23:27
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.Mário Cesariny

tudo no teu sorriso diz que só te falta um pretexto para seres feliz uma querela talvez chegasse ou um pequeno pastor que passasse na estrada, com suas ovelhas um riso, um pormenor que no momento se pousasse e o tornasse melhor eu vou pensando em coisas velhas - sem sombra de desdém! - na vida naquele lampejo fugace que o teu sorriso já não tem e que é do passado porque a nossa grande sabedoria não soube tratar ente tão delicado e declina, o dia o pequeno pastor já não vem (Mário Cesariny, manual de prestidigitação, Assírio & Alvim)

.AS FADAS As fadas...eu creio nelas! Umas são moças e belas, Umas vivem nos rochedos, Outras, à beira do mar...

Chamo-Te porque tudo está ainda no princípio E suportar é o tempo mais comprido. Peço-Te que venhas e me dês a liberdade, Que um só de Teus olhares me purifique e acabe. Há muitas coisas que não quero ver. Peço-Te que sejas o presente. Peço-Te que inundes tudo. E que o Teu reino antes do tempo venha E se derrame sobre a Terra Em Primavera feroz precipitado. Sophia de Mello Breyner Andresen

.Ser poeta é ser mais alto...

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Aquém e de Além Dor! É ter de mil desejos o esplendor E não saber sequer que se deseja! É ter cá dentro um astro que flameja, É ter garras e asas de condor! É ter fome, é ter sede de Infinito! Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim... É condensar o mundo num só grito! E é amar-te, assim, perdidamente... É seres alma, e sangue, e vida em mim E dizê-lo cantando a toda a gente!

.RAÍZES

Quem me dera ter raízes, que me prendessem ao chão. Que não me deixassem dar um passo que fosse em vão. Que me deixassem crescer silencioso e erecto, como um pinheiro de riga, uma faia ou um abeto. Quem me dera ter raízes, raízes em vez de pés. Como o lódão, o aloendro, o ácer e o aloés. Sentir a copa vergar, quando passasse um tufão. E ficar bem agarrado, pelas raízes, ao chão. (in Herbário) jORGE sOUSA bRAGA